Voz de quem, não tem voz

Voz de quem, não tem voz

O sol esquenta...
Suor na pele.
Cada gota salgada que cai na terra.
Meus olhos, fixo, fico estagnado com aquele clarão
16:50, pôr do sol, e não consigo firmar meus pés no chão
Um dia, quando eu estava indo trabalhar
Eu tava de moto e só me lembro do barulho...
Um motorista, na contra mão, me deixou sem movimento
Agora to aqui, nessa subida... 
Me movendo tão lento...
Cadeira de rodas... 

As vezes alguns se oferecem pra me empurrar
Seus olhos de pena penetram minha pele, 
machuca minha alma e me faz chorar.
4 anos de fisioterapia pra conseguir um único movimento.
Velocidade, facilidade, não fazem parte do meu momento atual.
Pra uns normal...
Mas busco conformidade.

Peço a Deus que eu sirva de exemplo pra sociedade
E que diante de toda essa maldade e crueldade
Alguém possa enxergar em mim uma saída...
Um pensamento positivo, força... 
Ou até mesmo conformidade.


Poema de um fato real enviado por Conto de Rua




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